Ontem, o Estadão noticiou aqui que o presidente do Corinthians já tem em sua mesa uma proposta de um banco privado para os Naming Rights do estádio em Itaquera. Segundo o mesmo, o valor é de R$300 milhões por um acordo de 20 anos.
Pra quem não sabe, os Naming Rights é uma estratégia de marketing, onde se vende o nome do, no caso, estádio - que tem consideráveis chances de sediar a abertura do Mundial.
Para qualquer marca, nomear o estádio no qual se realizará a abertura do maior evento de futebol no mundo é muito interessante. Terá seu nome repetido e ecoado diversas vezes e promoverá muito sua marca. Além do que, pelo tempo acertado em contrato, a marca "vencedora" será exibida no interior do estádio intensivamente nos espaços destinados à publicidade.
Para o Corinthians é uma boa chance de quitar o valor que será tomado EM EMPRÉSTIMO junto ao BNDES para construção de sua Arena. Empréstimo esse que pode ser feito por qualquer pessoa jurídica que tenha bom faturamento e seja aprovado na análise de crédito; para pessoas físicas existem os Empréstimos Pessoais. Portanto, definitivamente, ao contrário do que os abutres cospem por aí, empréstimo junto ao BNDES não é doação, não é dinheiro público, isso vai ser pago. Aliás é bom que se diga, no Corinthians, o mês tem 30 dias mesmo!
Pelo visto, esta é a primeira proposta pelos Naming Rights do estádio na zona leste, e de início agrada a diretoria, mas a mesma espera algo em torno de 400 milhões por um termo de 15 anos.
Rosemberg avalia que no próximo ano, com o terreno apresentando "mais cara" de estádio, os valores subirão, enquando que ainda segundo o Estadão, o consultor da BDO/RCS, Amir Somoggi, entende que quanto mais tempo passar, menos será a força do nome do comprador, em decorrência de que a própria população nomeia o estádio como já o faz hoje em dia com termos como "Fielzão" e "Itaquerão".
Não sou economista nem formado em marketing, mas compartilho da opinião do Sr. Amir. O Naming Rights deve ser fechado, oficializado e divulgado o quanto antes para que chegue ao valor que a diretoria espera. Inversamente ao caso da venda de jogadores onde a valorização aumenta com o passar do tempo, creio que quão menos o futuro estádio seja conhecido e tratado com nome vindo de um batismo popular, maior será a valorização pela aquisição dos "direitos de nomear".
Afinal, já vai ser difícil tirar do torcedor Corinthiano a idéia de dar à sua casa um nome que o indentifique com ele, do Povo e para o Povo, assim como o próprio Corinthians.
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