Neymar e Borges são as principais apostas do Santos para o clássico contra o Corinthians, neste domingo, às 16h, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Mas a preocupação do técnico Tite não é apenas com o jovem craque e o artilheiro do torneio. O treinador não quer saber de marcações individuais e projeta combates diretos no início das jogadas para evitar que as estrelas sejam acionadas, situação semelhante ao que fez com Ronaldinho, na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo.
- Precisamos retirar a origem da jogada para que a bola não chegue. Eles (atacantes) dependem de serem municiados pelos homens de trás. Uma marcação curta e leal. Sempre foi do Corinthians ter atenção com jogadores de qualidade.
Tite pretende usar contra o Santos a estratégia que funcionou contra o Flamengo. O treinador passou Jorge Henrique da esquerda para a direita do ataque para conter os avanços do lateral Junior Cesar. Sem o ala descendo constantemente, Ronaldinho Gaúcho teve uma atuação apagada, já que recebeu poucas bolas em boas condições.
A preocupação agora é com Danilo e Léo, usados para descidas rápidas ao ataque, além dos meio-campistas Henrique e Ibson. Neymar também ganhou funções com maior liberdade de movimentação pelo sistema ofensivo desde que Alan Kardec e Borges passaram a ser seus companheiros. O jogador passou a atuar um pouco mais recuado e com alternância de lados. Mesmo assim, ninguém o acompanhará, garante Tite.
- Nossa marcação vai ser sempre por setor, cada um com sua responsabilidade. Quem está perto tem de diminuir a ação do adversário. Só chega bola na frente se sair bem de trás. Claro que 55% dos gols têm saído do Borges, mas a construção merece cuidado.
A marcação ofensiva foi uma das armas para o Corinthians disparar nas primeiras rodadas do Brasileirão. Com peças de ataque adiantadas, o Timão encurralou boa parte dos adversários. Para o técnico, o Alvinegro diminuiu o ímpeto nos últimos jogos e, por isso, passou a sofrer mais gols. São oito rodadas sendo vazada consecutivamente, sofrendo 13 neste período.
- É um desafio. Entendo que é importante retomarmos esse processo de marcação para não tomarmos gols.
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