quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pós-jogo: Corinthians 1x0 Ceará - Eficiência, a chave do título!

E o Patinho Feio do Brasileirão 2011, o futebol menos charmoso se isolou na liderança do campeonato.
Como dito no pré-jogo, o Corinthians sofreria com a pressão dos anfitriões empurrados por sua torcida na briga para sair da zona da degola. E foi como aconteceu. O esquema com 3 atacantes deixou o Corinthians bem vulnerável às enfiadas de bola para correria de Oswaldo e Cia nas costas de Alessandro e Fábio Santos.
Passamos um sufoco danado. Kuririm dessa vez preferiu ser o nome do jogo de forma positiva e desandou a fazer defesas dignas de palmas. O primeiro tempo foi duro, Corinthians só se safando e nem “oi” disse ao goleiro que cata de calças – ontem foi de shorts.
No intervalo Adenor resolveu fazer papel de técnico e corrigiu a, até então, grande falha do Corinthians. Morais não é o nome ideal para chamar de solução para o jogo, muito menos sacar Liédson – essa foi inclusive a alteração criticada aqui no pós-jogo da última segunda-feira. Mas Adenor acertou e muito perante as circunstâncias da partida. O Corinthians precisava ganhar o meio-campo para evitar tamanha criação do time nordestino e não poderia perder velocidade no ataque, dentre os que estavam em campo realmente Liédson era o mais lento.
A alteração surtiu efeito, mesmo que Morais não esbanjasse talento e criatividade para armar jogadas de ataque, o jogo ficou mais equilibrado.
Lá no Vaticano da Bola, que tinha o desprazer de receber a união porco-português, o placar anunciava o empate da suinada – resultado que nos recolocava na liderança, com 62 pontos.
Aí Adenor deu outra dentro, sacou o sonolento Danilo e colocou em campo Cachito Ramírez. O meio de campo foi ainda mais nosso, mesmo sem conseguirmos chegar ao gol. Emerson, novamente um dos melhores em campo, já estava cansado de correr – mais pra trás do que pra frente.
Nos aproximamos da área e aquecemos o goleiro deles – Morais com um chute que deu rebote e na sequência Castán carimbou a trave com um aviso “estamos aqui”.
Eis que Ramírez, numa bela jogada de segundo atacante, dribla o zagueiro infiltrando na área e toca na saída do goleiro. Um dos gols mais bonitos de toda competição, suma importância.
Festa na Favela, alegria do Povão.
Como adiantado aqui, o Corinthians precisava ser eficiente, como nos 10 primeiros jogos. Simplesmente não desperdiçar chance quando tiver oportunidade. E assim foi, das duas vezes em que chegamos na área, em uma delas marcamos o gol da vitória e da liderança isolada.
Adriano estava engatilhado para entrar em campo antes do gol – foi até bom não ter entrado, ontem foi das raras vezes em que o Corinthians buscou o gol com bola no chão e não na base do peladeiro chuveirinho.
E como não podia deixar de ser, Adenor também deu sua bola fora. Poderia ter deixado o time da forma como estava e prender a bola na frente. Mas preferiu, imediatamente, sacara Cabeludinho e colocar Wallace, um lance antes de o time cearense ter seu capitão expulso de jogo.
Foi só pra dar um drama.
Kuririm voltou a aparecer bem fazendo defesa de goleiro de handball. Paulo André tirou em cima da linha, só pra ser CORINTHIANS!
O apito final veio, a vantagem de 2 pontos confirmada e admirável a união do time. Ao terminar o jogo, muitos se ajoelharam em campo antes de se reunirem para celebrar o trunfo.
Liédson, após o jogo, deu mostras de caráter, humildade e hombridade. “Tite está de parabéns. A equipe melhorou muito após minha saída”. É um cara que ajuda, até quando sai. É essencial para nosso time, porém sofre com as dores e com a falta de armadores que o sirvam dentro da área. É dos poucos que merecem entrar para a História do Corinthians e ter o nome lembrado.
Kuririm por sua vez jogou com Corinthianismo. Não é um baita goleiro, não é um péssimo goleiro. Mas precisa passar mais confiança para o time, ser mais confiante em si mesmo e deixar de ser tão “boa-gente”. Ontem até nas saídas do gol foi bem. Socou a bola, encaixou algumas, pegou as que foram no gol.
Por fim o Corinthians tem os méritos por ter superado a adversidade de ser dominado pelo adversário no primeiro tempo. Esse é o trabalho do técnico. E aos jogadores, basta a vontade de vencer aliada à aplicação. É continuar a pegada, ainda bem que não se deram conta tarde demais.
Liderança e vantagem de dois pontos e duas vitórias a mais que o vice-mundial. É jogar como quem quer ser campeão e faturar o penta.
#VaiCORINTHIANS

p.s.: aos que interessam, a vaga na pré-neurose já está garantida. Quem curte vaga é vestibulando, se tiver que ir quero ir como Campeão Brasileiro!

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